Relatório da Reunião | Financiando a Proteção da Floresta Tropical: Sessão 2 do Diálogo Brasil-EUA sobre Sustentabilidade e Mudanças Climáticas
No dia 15 de setembro de 2021, o Wilson Center, em parceria com Uma Concertação Pela Amazônia, sediou uma discussão bilateral sobre a melhor forma de desenvolver mecanismos para canalizar investimento de forma eficaz para apoiar o desenvolvimento e a conservação de baixo carbono na Amazônia, bem como trabalhar com as partes interessadas locais para garantir que eles tenham acesso a essas novas fontes de financiamento e capacidade suficiente para absorver e usar os novos recursos de forma eficaz.
Ao longo da sessão, foram pontuadas três recomendações de políticas fundamentais para fomentar a cooperação bilateral em investimentos na região amazônica.
Conclusões principais
1. Quando se trata de financiamento por meio de mecanismos de mercado de carbono, os créditos baseados em projetos precisam ser apropriadamente incorporados nas estruturas contábeis jurisdicionais para evitar preocupações como vazamento.
O financiamento para florestas tem tradicionalmente existido em dois universos separados: um em que o crédito em escala de projeto está disponível por meio de mercados privados voluntários; e outro com programação jurisdicional financiada por recursos do setor público. Para tirar proveito dos interesses corporativos e da quantidade significativa de capital presente no setor privado, é urgente que os formuladores de políticas conciliem esses dois universos de forma que aproveite as características positivas de cada um para atrair financiamento em escala.
2. O financiamento internacional para florestas requer uma abordagem integrada e em camadas que combina vários tipos de capital com ferramentas inovadoras e novos mecanismos para avaliar e agregar pequenos projetos em investimentos “grandes o suficiente".
Traduzir uma meta de temperatura—ou qualquer outra métrica de sustentabilidade—em uma estratégia de investimento é algo inerentemente complexo. Requer não apenas uma mudança do foco em retornos puramente financeiros para a criação integrada de valor, mas também o desenvolvimento de novas ferramentas e padrões para avaliar riscos, resultados (benefícios de carbono e não carbono) e retornos.
3. Éprecisodaratençãosignificativaàfuncionalidadeda“últimamilha”paragarantir que as comunidades e governos locais mais impactados pela degradação ambiental tenham acesso a financiamento e crédito.
A contrapartida à necessidade de desenvolver mecanismos de canalização do financiamento para florestas é garantir que os governos e as comunidades locais tenham as ferramentas e capacidades necessárias para acessar e usar esse financiamento. As agências governamentais, particularmente a nível subnacional, não têm recursos e capacidade técnica para desenvolver e administrar os tipos de programas jurisdicionais rigorosos necessários para enfrentar o desafio climático. Da mesma forma, as partes interessadas locais muitas vezes não têm as informações necessárias para acessar os mercados de capitais; ou seus projetos podem ser considerados pequenos demais para serem de interesse dos investidores. Esses dois desafios precisarão ser resolvidos se quisermos enfrentar o desmatamento na Amazônia.
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MEETING REPORT | FINANCING TROPICAL FOREST PROTECTION Over the course of the session, three major policy recommendations emerged as critical to bolstering bilateral Brazil-US cooperation on investment in the Amazon region.
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